Nem mesmo SAMU funciona no litoral

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) protocolou hoje uma notificação extrajudicial que pede a interdição do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no litoral do Paraná em 15 dias, se não forem sanados os problemas técnicos, operacionais e de segurança para os prestadores de serviços e para os usuários do serviço.

A decisão foi tomada após diversas vistorias realizadas desde o ano passado que apontaram a degradação dos serviços e aumento do potencial de risco de dano à saúde da população.

O serviço do Samu nos sete municípios do Litoral é administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral (Cislipa) e acumulou uma dívida de R$ 1,4 milhão na gestão anterior entre salários atrasados, benefícios e impostos que não foram pagos. Após intervenção do Ministério Público, o prefeito de Paranaguá Mário Roque (PMDB) assumiu o consórcio interinamente em março deste ano por 90 dias e nomeou o vice-prefeito Edson de Oliveira Kersten, que é médico, para ser o gestor do Cislipa.

O consórcio do Samu no Litoral integra sete municipalidades de microrregião com mais de 250 mil habitantes, além de expressiva população flutuante, por conta da temporada de Verão. Além da central de regulação, Paranaguá dispõe de três bases operacionais, enquanto Antonina, Morretes, Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba uma cada, posicionadas junto a hospitais ou a postos de atendimento. Guaraqueçaba não tem nenhuma, mas dispõe de seu hospital.

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